Duas notícias recentes provocaram surpresa na comunidade de guerra digital: a atenção para vulnerabilidades envolvendo satélites de comunicação.
Um meio de atacar é a falsificação digital de GPS, pelo qual um invasor intercepta e manipula dados para fornecer informações falsas às tropas e, portanto, permitir que os atacantes redirecionem os movimentos de forças para locais incorretos ou, pelo menos confundir o adversário por tempo suficiente para permitir ao atacante tirar algum proveito estratégico.
>O alerta era direcionado à OTAN, que usaria seus próprios satélites, em detrimento àqueles usados por EUA e Comunidade Européia.
>Embora o primeiro alerta seja direcionado aos satélites militares mais especificamente, o segundo é direcionado a todos. É que o pesquisador James Pavur, doutorando da Universidade de Oxford conseguiu snifar tráfego transmitido via satélite por provedores de internet usando apenas uma antena parabólica e um sintonizador comum.
Isso permite aos atacantes interceptar tráfego web não criptografado, como logins e senhas. Esse tipo de conexão é comum em áreas onde a conexão é lenta ou inexistente. As informações que puderam ser observadas durante a pesquisa incluíram informações sobre o transporte marítimo, como identificações e conteúdo de embarcações e os sistemas operacionais que eles usam e informações pessoais sobre tripulações em licença de terra, que tiveram que ser transmitidas antes da atracação. Aeronaves com serviço de wifi também poderiam ser vítimas eventuais.
Contudo, o essencial das notícias está no não escrito! Quer dizer que a OTAN tem um sistema de geolocalização pior do que o de seus membros? Por que isso? Será que americanos e europeus não confiam tanto assim um no outro? Ou será que é apenas uma falha por alguma burocracia que não conhecemos? Uma vez, assistindo algum documentário na televisão, ouvi que durante a Guerra das Malvinas a Inglaterra teria desligado um satélite para incapacitar o sistema de mísseis que a Argentina possuía. Eu procurei a procedência dessa informação, mas não a encontrei. Mesmo assim fica o alerta para um eventual uso ou abuso do sistema de satélites em volta da Terra (e também por que os fabricantes estrangeiros são tão prestativos em compartilhar a tecnologia das aeronaves quando vendem seus produtos ao Brasil, afinal, se eles puderem desligar um satélite os equipamentos não seriam de muita utilidade).
Fonte:
https://www.zdnet.com/article/cyberwarfare-in-space-satellites-at-risk-of-hacker-attacks/
https://www.zdnet.com/article/how-hackers-could-spy-on-satellite-internet-traffic-with-just-300-of-home-tv-equipment/
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